3 dificuldades que superei para ter sucesso como coach


Hoje quero partilhar contigo 3 dificuldades que atravessei no início do meu projeto (final de 2019). Acredito que para ti, enquanto coach e profissional da área, pode ser útil aprender com quem já está a percorrer o caminho que tu queres percorrer.

  • PRIMEIRA: Quanto mais souber, melhor.

Cheguei a acreditar que precisava de dominar várias áreas de saber dentro do desenvolvimento humano para ser uma boa profissional.

Isso levou-me a investir muito dinheiro e muito tempo a estudar e aprender diferentes coisas. Nada contra, claro.

O meu problema foi a falta de visão e de intenção. Parece que uma coisa não se ligava com a outra.

Se em 2022 não tivesse parado para pensar e refletir, teria continuado a descapitalizar-me sem conseguir recuperar o investimento em tempo e dinheiro.

Quando comecei a entender que usufruir ao máximo do meu círculo de competências era o mais importante para conseguir um crescimento sustentável, comecei a gerar melhores resultados (não só financeiros).

Senti-me mais focada, mais competente, mais preparada! Que paradoxo, não?

E o melhor: comecei a decidir com mais intencionalidade onde me fazia sentido investir recursos para saber mais. Foi assim que comecei a estudar trauma e Experiência Somática em 2023, por exemplo.

Se te identificas com essa crença, de que é preciso dominar muitas áreas de saber, deixa-me lembrar-te de algo: Mais do que coleccionar saberes, o importante é que estejam bem integrados na tua prática e vivência diária. Como costumo dizer, vende o que vives!

  • SEGUNDA: Quanto mais autossuficiente, melhor.

Cresci a acreditar que ser autossuficiente era um super poder. Hoje sei que foi só uma forma de sobrevivência. Não fosse esse super poder, não teria chegado onde cheguei.

No entanto, a autossuficiência escondeu-me durante muito tempo.

Alimentou a vergonha de pedir ajuda, alimentou a mágoa de não ser ajudada quando precisava.

A vida, de forma muito cruel, empurrou-me a compreender que o verdadeiro super poder era aprender a pedir ajuda. Hoje vivo mais leve e com recursos a partir do momento que deixei ir essa necessidade, essa estratégia de sobrevivência.

Se te identificas com essa crença, de que ser autossuficiente é um super poder, deixa-me lembrar-te de algo: O verdadeiro poder está na vulnerabilidade de pedir ajuda e na sabedoria de construir uma rede de apoio. Crescemos mais rápido e de forma mais sustentável quando permitimos que outros talentos complementem os nossos. Ninguém constrói um negócio de sucesso sozinho e os coaches mais bem-sucedidos são aqueles que sabem quando e como procurar mentoria, parcerias e colaborações estratégicas.

  • TERCEIRA: Quanto mais barato, melhor.

Sinto um aperto no estômago quando escrevo estas últimas linhas. Esta dificuldade está diretamente relacionada com a percepção do meu valor próprio, então, dói um pouco. E este aperto na barriga lembra-me do caminho percorrido e das aprendizagens, então, tudo certo.

A primeira vez que desenvolvi um programa completo para dar-me a conhecer e contribuir com valor, defini 11€ como o preço "certo". Quando falei com o meu mentor de autor, na altura, para lhe pedir ajuda com uns textos relacionados com esse programa, ele disse-me: "Ana, não podes cobrar só 11€".

Senti-me muito mal, lembro-me. Chorei e fiquei nervosa. Por um lado, fiquei emocionada, pois senti-me vista, reconhecida. Alguém estava a dizer que o meu trabalho valia mais do que isso. Por outro lado, apareceu a culpa por não estar a ser justa comigo mesma.

A intenção desse primeiro programa era dar-me a conhecer e defini intencionalmente que o lucro não era uma prioridade.

Queria quebrar uma barreira de entrada relacionada com o coaching: a ideia de que o coaching é caro. Avancei com 19€, depois o programa subiu para os 35€ e acabou nos 50€ nas últimas edições. Foi orgânico, fui melhorando e fui crescendo junto da minha audiência.

Compreendi que quanto mais experiência acumulava, mais competências desenvolvia, era legítimo que o meu valor aumentasse.

A Ana de hoje consegue contribuir com mais valor numa hora do que no final de 2019, claramente.

Se tens dificuldades com o valor dos teus serviços, deixa-me lembrar-te que é normal isso acontecer. Quando trabalhamos por conta de outrem, são os outros que "decidem o nosso valor" através do salário. Passar a ser empreendedores desafia-nos a colocar o "nosso valor".

Não te julgues, a boa notícia é que há formas de ultrapassar essa dificuldade. E passa também por desconstruir as outras crenças sobre círculo de competência e sobre autossuficiência.


Quando decidimos investir num mentor, não estamos a pagar pelas horas que o mentor vai dedicar-se a nós.

Estamos, na realidade, a pagar por todas as aprendizagens que o mentor ganhou na sua jornada, por todas as vezes que errou, que deu passos atrás para crescer e evoluir.

Tenho neste momento 2 vagas disponíveis para a Mentoria Coaching Íntegro que arranca a 5 de maio.

E ainda estás a tempo de fazer parte.

Tens toda a informação sobre a Mentoria aqui.

Aguardo por ti!


 
 
 

Abraço sereno,

Ana Higuera

 

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