Reciprocidade
Anteontem tive uma conversa com uma profissional do desenvolvimento humano que partilhava o quão drenada se sente no exercício das sessões 1-1.
Entretanto, no decorrer da conversa, ela diz algo como: - "Agora percebo que o que me drena não é o trabalho em si, é o facto de quase todas as sessões serem pró-bono."
A RECIPROCIDADE é uma peça fundamental nas relações, sejam elas pessoais ou profissionais.
RECIPROCIDADE SAUDÁVEL NA RELAÇÃO PROFISSIONAL:
Existe um equilíbrio entre o que ofereces e recebes - a troca pode ser financeira com um pagamento justo pelos teus serviços ou pode incluir outras formas de valor como reconhecimento formal, oportunidades de crescimento, parcerias estratégicas, ou aprendizagens significativas.
Os limites são claros e respeitados por ambas as partes (coach - coachee).
Ambas as partes sentem que estão a receber valor proporcional ao que investem (tempo, dinheiro, atenção, presença).
A relação energiza, motiva e nutre gratidão, ao invés de drenar.
SINAIS DE ALERTA:
Existe um desequilíbrio persistente, porque dás mais do que recebes.
Os teus serviços são constantemente desvalorizados ou é esperado que sejam gratuitos ou muito baratos.
Ficas drenado(a) após interações.
Há uma sensação de "dar sem fim", sem reconhecimento apropriado.
Os teus limites profissionais são frequentemente ultrapassados.
Podes chegar a sentir-te usado ou explorado na relação profissional.
A outra parte assume que o teu tempo e conhecimento não têm valor tangível.
Quando realizamos trabalho pró-bono continuamente, sem um equilíbrio saudável com trabalho justo remunerado, criamos um padrão energético desequilibrado.
Não se trata apenas de uma questão financeira, mas do princípio da reciprocidade.
Quando doamos o nosso tempo, conhecimento e energia sem reciprocidade nenhuma (não só dinheiro), inconscientemente alimentamos a mensagem de que o nosso valor não merece ser reconhecido.
Com o tempo, esse desequilíbrio manifesta-se como esgotamento, frustração, evitação e até ressentimento.
Isto pode ser um sinal de que a relação profissional perdeu sua reciprocidade natural.
PROPOSTA DE REFLEXÃO:
Como estão os níveis de reciprocidade no teu projeto?
(Pode ser em relação a sessões individuais, às redes sociais, a programas de grupo, a realização profissional).
Onde existe reciprocidade?
Onde, na tua prática profissional, não está a existir reciprocidade adequada?
E como isso está a impactar a tua energia e senso de propósito no trabalho?
Consegues reconhecer a importância de valorizar o teu próprio trabalho como parte do autocuidado profissional?
Espero que seja útil!
Na Mentoria Coaching Íntegro trabalhamos temas como este que considero fundamental!
Se sentes um chamado para elevar os teus resultados, quebrar paradigmas e evoluir com sustentação de um mentor, não duvides em falar comigo.
Terei todo gosto em contribuir.
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Abraço sereno,
Ana Higuera
