3 perdas que todos os pais merecem trabalhar e atender
Na noite de Natal de 2021 na Colômbia, fomos ao parque brincar. A minha filha Sara reparou logo que o escorrega estava sujo com goiaba, uma fruta que abunda naquele local e decidiu brincar no baloiço, pois não gosta nada de se sujar.
Minutos depois, juntou-se à brincadeira uma menina de 7 anos, chamada Sara também. Cabelo escuro, alta, morena e muito ágil. Subiu logo pelas escadas de madeira e escorregou pelo escorrega amarelo. Mal pousou os pés no chão sentiu algo estranho nas calças. Eu estava mesmo à sua frente. Reparei na sua cara quando tocou com as mãos e ficou cheia de polpa cor-de-rosa da fruta. Tinha as calças, na parte de trás, húmidas.
A sua expressão foi de terrou e falou logo comigo.
“O que me aconteceu?” - perguntou-me.
“Querida, o escorrega tinha restos de goiaba.” - respondi.
“Ajude-me por favor, tire-me isto das calças! A minha mãe vai-me bater (a expressão original foi “Mi mamá me va a pelar”) - disse-me muito assustada.
Toquei o seu braço delicadamente e disse-lhe: “Vamos resolver isso e a tua mãe não te vai bater”.
“Ela vai, ela bate-me com um cinto.” - respondeu com medo.
Eu não tinha nada para a limpar, então sugeri que se limpasse na relva. Ela fez isso mesmo, o que deixou as calças mais húmidas, mas sem restos de fruta.
“Agora vai correr que entretanto vai secar” - disse-lhe.
Jogou divertidamente à apanhada com o Tomás, ensinou-lhe alguns truques no baloiço que o deixaram de boca aberta e entretanto apareceu um homem que a chamou para dentro de casa. Ela despediu-se e foi-se embora.
O Tomás aproximou-se e perguntou: “Mãe, o que se passa com esta menina? Algo parece não estar bem.”
Este episódio aconteceu na noite de Natal, no momento em que estivemos à noite no parque infantil perto da casa dos meus pais e que trouxe uma boa conversa com o meu filho Tomás, que acabou por dizer que ele vai ser um pai que não vai bater nos filhos.
Pois, é que há muitas crianças a serem batidas, punidas e mal tratadas, e falar sobre estes assuntos é mesmo urgente.
O que achas sobre isto?
Com amor,
Ana Higuera