O coaching não é sobre transformações súbitas ou rituais
Infelizmente, existem muitas abordagens e vozes com certa influência que contribuem para criar ainda mais confusão sobre o coaching e sobre as ações que, de forma ética e íntegra, podem promover desenvolvimento humano (pessoal e coletivo).
E a confusão pode ser criada através de diferentes atitudes, comportamentos ou distorções cognitivas. Por exemplo:
Desinformação
Paródia e ridicularização
Ad hominem
Extrapolação
Generalização
Reducionismo
Estes levam muitas vezes as pessoas a “ditar as leis” ou a “rotular” sem recurso ao pensamento crítico, discernimento, investigação e objetividade.
Um dos pilares da prática íntegra enquanto coaches é justamente a INTEGRIDADE, que visa promover:
Tomadas de decisão éticas
Atualização e melhoria contínua
Espírito colaborativo
Consciência dos limites de atuação
Responsabilidade e humildade (Agir dentro da sua capacidade)
Noção da influência e impacto sobre os outros (a nível pessoal e coletivo)
Dito isto, procura desde o teu lugar (coach, mentor, influencer, ativista, terapeuta) questionar as tuas abordagens, ditados, crenças ou mensagens:
» Estás a contribuir com as tuas abordagens, partilhas, atitudes e comportamentos para a compreensão ética, íntegra, honesta e segura sobre o que é o desenvolvimento humano? Ou pelo contrário, estás a nutrir a confusão?
» Quem beneficia com as tuas abordagens? Qual seria o resultado se todas as pessoas pensassem como tu?
» Quais os argumentos (ou tipos e argumentos) em que a tua abordagem se baseia?
» Há espaço na tua abordagem para discutir ideias contrárias à tua com ecologia e sem julgamento?
E, para terminar, lembra-te que coaching não é uma ferramenta, terapia, aconselhamento, conjunto de rituais, culto e muito menos um negócio lucrativo e vantajoso.
Sou coach desde 2017, exerço como profissional do desenvolvimento humano desde 2019 e procuro com a minha prática contribuir para uma maior compreensão sobre o coaching à luz dos valores da integridade, honestidade, ética e empatia.
Já fiquei confusa muitas vezes, já duvidei e senti insegurança em dizer que sou coach, já errei nas minhas abordagens e continuo a acreditar no poder que existe na ligação, suporte, abertura, serviço e empatia na relação coach - coachee.
Esta reflexão fez sentido para ti?
Obrigada por me leres e partilhares o que pensas, ou por entregares este post a quem possa beneficiar.
Um abraço sereno,
Ana Higuera