Não se vive do coaching

No ano passado foi-me colocada uma pergunta durante uma sessão de coaching que me despertou para algumas reflexões e até me levou a lançar um ebook completo com reflexões sobre este tema.

A pergunta foi: "Ana, consegue-se viver do coaching?"

A primeira coisa que quero dizer é que "não se vive do coaching" ou, pelo menos, eu não gosto de usar essa expressão.


O processo de coaching é isso mesmo, um processo, que se incorpora na vivência diária.

Não é, em si, o que se torna a fonte de "rendimento".

Sim, percebo que isto pareça confuso, só que achar que se vai "viver" do coaching leva a pessoa a colocar o foco num lugar onde eu pessoalmente não gosto de o colocar.

Podes agora estar a pensar: "Então Ana, fiquei ainda mais confus@."

Eu compreendo, pois abundam inúmeras pessoas, coaches e academias por aí fora que vendem a ideia de que basta ter uma certificação em coaching, um e-book com 400 perguntas poderosas e, também, interpretações às respostas dos clientes e até um guião de como "seguir a sessão", para que se possa "viver do coaching" e faturar rios de dinheiro.

Se reparares, somos bombardeados por este tipo de mensagens.

Particularmente, causa-me muito desconforto e leva-me também a querer fazer diferente.

Sinto que valores como a integridade, a honestidade e responsabilidade ficam postos em causa.

Eu, Ana Higuera, acho que é bastante diferente pensar em "viver do coaching" do que pensar em "tornar o desenvolvimento pessoal uma profissão".

Só de ler as duas frases, vou para lugares diferentes.

Diferentes na forma, no conteúdo, no compromisso, na intenção e na vivência mesmo.

Acontece igual contigo? Ora volta a ler:

  • Viver do coaching; ou

  • Fazer do desenvolvimento pessoal uma profissão.

Que pensamentos surgem quando vês estas duas frases? Qual dos caminhos te cativa mais? Te desafia mais? Qual das perguntas te abre mais a mente e o espírito? Qual dos caminhos te convida a mais dedicação, compromisso, congruência, alinhamento e integridade?

Quero acreditar que o segundo.

Pensar em tornar o desenvolvimento pessoal uma profissão faz toda a diferença.

Fala sobre tempo, investimento, dedicação, aprofundamento, compromisso, honestidade intelectual e congruência;

Fala, sobretudo, de estarmos dispostos a aprender continuamente, com cada coisa que fazemos e iniciativa que empreendemos;

Fala sobre paciência, sobre expandir a zona de conforto, sobre humildade e sobre pedir ajuda.

Que reflexões te surgem ao ler sobre este tema?

Na Mentoria Coaching Íntegro, que está a caminho da segunda edição, mergulhamos profundamente nestes temas.

Sabe mais sobre a Mentoria aqui


 
 
 

Um abraço,

Ana Higuera

 

Anterior
Anterior

O coaching não é sobre transformações súbitas ou rituais

Próximo
Próximo

O coaching não é uma técnica estandardizada de ferramentas