O poder da Empatia
Em 2016 encontrava-me a viver o pior pesadelo da minha vida. E, no meio de tanta dor, também vivi algumas experiências muito tocantes e bonitas.
Uma dessas foi justamente na Cirurgia Torácica. Foi um bálsamo para aliviar a mágoa e falou-me da ligação silenciosa e misteriosa que existe entre nós, seres humanos.
Não é preciso sermos amigos de uma vida toda para ver o outro e fazê-lo saber que está a ser visto por nós. Na hora de sair do hospital, depois de ter estado com o Lourenço, fui buscar as minhas coisas à entrada da sala.
Costumava deixar a carteira e o casaco num móvel. Perguntava às enfermeiras se havia copinhos para levar para casa. Entregaram-me o copinho do dia anterior. Na tampa tinha colado um coração feito com um penso branco.
Dizia: “Obrigado mamã!!. Ass. Lourenço”.
Saltaram as lágrimas. Foi o gesto mais gentil e mais bonito que podiam ter comigo.
Ela viu-me, ela reconheceu o que eu estava a sentir e a precisar.
Ela falou pelo Lourenço.
A melhor palavra que encontrei para batizar esse belo gesto foi EMPATIA.
Eu não tinha parado para pensar na Empatia da forma como o fiz durante o internamento do meu filho.
Das atitudes que mais serenidade me ajudou a experienciar no meio de tanta intensidade, tanta desregulação emocional, tanto tormento.
Imagina o quanto a Empatia pode mudar a nossa vida, consegues perceber?
Acredito que a Empatia nasce quando reconhecemos que não há diferença entre o nosso coração e o coração do outro.
A Empatia ajuda-nos a reconhecer que temos o mesmo valor. A partir daí tudo se torna mais simples.
A Empatia pode literalmente mudar um relacionamento, torná-lo mais sereno, autêntico, honesto e sobretudo, seguro.
Uma das competências que mais reconhecem em mim enquanto profissional do desenvolvimento humano é justamente a Empatia. Ela é mesmo chave no trabalho que desenvolvo junto dos meus clientes.
Daí que seja o primeiro tema que vamos explorar na Comunidade das Tertúlias Serenas em 2024.
Está na base de tudo e será fundamental para o trabalho dos 6 meses que iremos realizar juntos.
Durante o mês de fevereiro, iremos entender que:
» A empatia não é propriamente colocar-se nos sapatos do outro.
» A empatia não é sentir exatamente como o outro sente.
» A empatia não precisa da eloquência dos conselhos e das sugestões, para existir.
Vamos também refletir, discutir e aprender com exemplos práticos:
» Os mitos da Empatia
» A definição de Empatia
» Os ativadores da Empatia
» A metáfora mais potenciadora da Empatia (um simbolismo que, acredita, sempre irás lembrar).
Além da Empatia, iremos abordar outros temas cruciais para a vivência de uma vida mais serena, como:
» Limites pessoais e integridade;
» Vulnerabilidade;
» Trauma aprofundado;
» Mudança e propósito de vida;
» Autoestima e autenticidade.
Podes aceder a toda a informação acerca desta viagem das Tertúlias Serenas aqui
Abraço sereno,
Ana Higuera