Por outras palavras, “emotional bypassing” ou “spiritual bypassing”.


Cada vez mais existe este fenómeno de “emotional bypassing”.

O que significa isto?

A gratidão pode ser confundida com um “emotional bypassing” ou “spiritual bypassing” quando é um recurso ao qual nos agarramos para não sentir a dor, a raiva, a desilusão, a perda, o luto, a incompreensão, a revolta que muitos eventos trazem à nossa vida. 

E se acreditarmos que não precisamos de sentir gratidão por tudo o que nos acontece?

Há coisas que acontecem e magoam mesmo.

Incompreensíveis.

Inexplicáveis.

Doem.

Só isso.

E não precisamos de encontrar uma lição (peço que acolhas isto como uma proposta, não como uma imposição, claro).

Na renegociação do trauma, por exemplo, o que não pode ser sentido não pode ser libertado.

E o que não pode ser libertado fica preso e fragmentado e não pode ser integrado. Não volta à correnteza natural da vida.

Para sentir mais, precisamos de espaços para sentir.

E, por vezes, a gratidão surte o efeito contrário.

Para sentir mais, precisamos de pessoas correguladoras à nossa volta.

Talvez precisemos de acompanhamento profissional. De comunidades seguras onde pertencer.

E, por vezes, a gratidão surte o efeito contrário.

Este é um lembrete para te recordares que não precisas de estar grato por tudo.

Esta mensagem ressoa contigo de alguma forma?


 
 
 

Abraço sereno,

Ana Higuera

 

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