Uma partilha sobre limites
Vou deixar-te aqui 3 exemplos práticos do que podem não ser limites.
A seguir, 3 exemplos do que podem ser limites pessoais.
Posso não estar a ser clara em relação a um limite quando digo:
1- “Não podes dormir aqui, tens de aprender a dormir sozinho, amanhã é dia de trabalho.”
2- “Não deveriam estar a falar assim da chefe, que falta de respeito a vossa!”
3- “Não admito que me chames de preguiçosa. Que seja a última vez!”
Por outro lado, comunicar um limite pode soar assim:
1- “Valorizo o meu descanso, preciso muito de dormir. E também, como tu, gosto muito de te ter perto. Compreendo que queiras estar comigo. Estás disposto a dormir hoje na tua cama e amanhã, sexta-feira, podemos adormecer juntos?”
2- “Não me sinto confortável aqui a ouvir comentários negativos sobre a chefe, prefiro voltar mais logo quando tiverem acabado esta conversa, digam depois alguma coisa.”
3- “Sinto-me triste e magoada quando te ouço dizer "és preguiçosa". Peço que da próxima vez sejas mais específico com o que precisas e evites usar este tipo de rótulos. Estás disposto a fazer isso?”
Notas a diferença entre os cenários aqui descritos?
Repara como fomos ensinados que comunicar limites passa sempre por dizer NÃO AOS OUTROS.
Vês como nem sempre se trata disso?
Observas para onde vai o foco nos primeiros exemplos?
E nos outros?
No primeiro, o foco está no outro.
No segundo, falamos sobre nós.
A maravilha de aprender a comunicar limites, entre outras coisas, é que que:
- Protegemos a nossa identidade.
- Promovemos que os outros fiquem a conhecer melhor sobre nós.
- Aprendemos a fazer pedidos congruentes, claros e conscientes.
Recebe o meu abraço sereno,
Ana Higuera