Armadilhas
Ego ou sentido de missão?
É fácil, muito fácil receber feedback e encher o peito de reconhecimento e realização, pensar que se trata de nós. Quando comecei a expor o meu sentir, a vender programas de desenvolvimento pessoal, a acompanhar mulheres de forma individual e em grupo em 2020, cai nessa armadilha muitas vezes. O que estava por trás desse alimento do meu ego? Necessidades de reconhecimento, de merecimento, de apreciação que precisavam de ser preenchidas. Nada contra celebrar o impacto do nosso trabalho, a minha questão é: o que estamos verdadeiramente a alimentar com essa celebração?
O impacto do meu trabalho começou a crescer, a espalhar-se, a tocar mais pessoas. Da forma como hoje entendo que faz sentido para mim e para quem me procura: com serenidade, empatia, iniciativa, integridade, vulnerabilidade e sensibilidade. Com pequenos grandes passos. Respeitando(me) e respeitando os clientes.
Hoje, quando recebo um feedback positivo, quando recebo gratidão, reconhecimento, lembro-me sempre disto: "sou um instrumento ao serviço dos outros". Não se trata de mim, trata-se sempre das minhas clientes. Trata-se delas, do seu caminho, das suas perdas, dos seus medos, dos seus desafios. E permito-me crescer com elas, com humildade e gratidão. Consigo sempre? Nem sempre. No entanto, a tomada de consciência é, por si, uma dádiva que me convida à congruência e ao alinhamento.
O meu sentido de missão está a cada dia mais reforçado, vivo e "encorajado”. Foi com estes alicerces seguros e valores que construí a Comunidade das Tertúlias Serenas. Uma comunidade onde a aprendizagem, a leveza, a empatia e a ligação encontram lugar.
Só há uma forma de estabelecer esta conexão e alinhamento: no caminho de volta a ti.
Se te identificas e queres conhecer mais acerca das Tertúlias Serenas, encontras toda a informação em https://www.anahiguera.com/tertulias-serenas
Abraço sereno,
Ana Higuera