Crença - Eu não me sei vender
Eu já acreditei.
E hoje prefiro acreditar que não preciso de me saber vender. E já te conto um pouco mais sobre os argumentos que suportam esta ideia.
Vou começar recuperando uma pequena parte da minha história.
Estudei Engenharia Industrial e após dois anos de ter trabalhado como Product Manager na Colômbia, decidi viajar para Espanha para fazer um mestrado em Marketing. Fiz também uma Especialização em Negociação e Vendas. Trabalhei 5 anos em Barcelona numa multinacional como Brand Manager.
A seguir, representei uma agência de branding antes de ser empreendedora.
Ao longo desses anos foram muitas as aprendizagens e experiências que me confrontaram com o mundo das vendas e do marketing.
Houve partes que gostei mais do que outras.
E houve algo que despertou um desconforto, que anos depois, compreendi melhor.
Dava por mim a desenhar estratégias de venda para convencer o cliente a que comprasse os nossos produtos/serviços, prometendo algumas coisas que não eram “bem a verdade”. Maquilhar a realidade ajudava a vender mais.
Eu sei que grande parte das decisões não dependiam de mim, estava a seguir guidelines da direção, o que criou um desalinhamento interno grande.
Por estes e outros motivos, em 2012, quando surgiu a possibilidade de vir para Portugal não hesitei em mudar.
Criei um projeto nas artes criativas em 2014, e em 2020 um projeto na área do desenvolvimento humano.
Vender já não era seguir “guidelines” de diretores, era eu quem decidia o que vender, como e a quem.
E a coisa começou a ficar bem mais desafiante.
Sobretudo por dois motivos:
Porque agora não era uma empresa a definir o “meu valor através de um salário”. Era eu a atribuir um valor aos meus serviços.
2. Por causa dos projetos que lancei e que não resultaram, como o atelier de artes criativas que acabei por fechar em 2016.
Então, comecei a acreditar: “vender é difícil porque eu não me sei vender”.
Achei, então, que precisava de alguém que me guiasse no processo de venda.
Procurei mentores, experts em marketing digital e por aí fora.
Só que o desalinhamento começou a aparecer novamente.
Explico-te aqui porquê:
Porque o meu valor enquanto pessoa não depende do quanto vendo ou deixo de vender. Conceitos que confundi muitas vezes (e ainda dou por mim a confundir).
Porque anunciar os meus serviços não é o mesmo que estar a “vender-me”. São coisas bem diferentes.
Porque um processo de venda não depende só de mim e há muitas variáveis que não consigo controlar, mesmo.
Porque não há fórmulas mágicas que sirvam a todos, embora eu tenha tentado encaixar em algumas com a boa intenção de levar a minha mensagem a mais pessoas, na procura de satisfazer necessidades de serviço, reconhecimento, segurança financeira.
Ora, para ti que acreditas que não te sabes vender ou dás por ti a acreditar algumas vezes nisso, deixo-te a seguir 3 frases e 5 perguntas.
Conta-me no fim se ajudei com esta reflexão!
FRASES:
Lê com atenção cada uma.
Anunciar os meus serviços não é o mesmo que vender a minha pessoa.
Os resultados (#inscritos, #downloads, #seguidores, € faturados...) não colocam em causa o meu valor enquanto pessoa.
Se algo não corre como esperado (menos inscritos, likes, vendas...) posso rever ou redesenhar o serviço, observar o contexto, avaliar o timing, alterar a mensagem, e isso nada diz sobre mim enquanto pessoa.
PERGUNTAS:
Lê com atenção cada uma.
Que pensamentos surgem quando vês essas frases?
Qual delas te parece mais possibilitadora?
Qual delas te desafia mais?
Qual delas pode ser verdadeira para ti, útil e ecológica?
Como pode ser útil para a tua vida enquanto empreendedor(a) acreditar em alguma dessas frases?
Conta-me qual das frases te desafia mais ou te interessa mais levar contigo.
Na Mentoria Coaching Íntegro, desenvolvemos profundas reflexões e estratégias para o teu posicionamento e para o ato de venderes os teus serviços com integridade.
Sabe tudo sobre esta jornada única aqui
Abraço sereno,
Ana Higuera